Qualidades do Orixá Exú

Sobre a multiplicidade dos Orixás

Vamos separar a qualidade como é chamada no Brasil e em Portugal (em Cuba chama-se caminhos), dos títulos e de nomes tirados de cantigas como insistem pseudo sacerdotes.

Já sabemos que os orixás são venerados com outros nomes em regiões diferentes como: Iroko (Yoruba), Loko (Gege), Sango (Oyo), Oranfe (Ife), e isso torna o culto diferente.

Temos também o segundo nome designando o seu lugar de origem como Ogun Onire (Ire), Osun Kare (Kare),etc, também temos os orixás com outros nomes referentes às suas realizações como Ogun Mejeje que se refere às lutas contra as 7 cidades antes de invadir Ire, e Iya Ori, a versão de Yemanja como dona das cabeças, etc.

Há portanto uma caracterização variada das principais divindades, ou seja, uma mesma divindade com vários nomes e, é isso que multiplica os orixás no Brasil e em Portugal.

Vamos começar com Exu o primeiro orixá criado por Olorun de matéria do
planeta segundo a sua mitologia, ele possui a função de executor, observador,
mensageiro, líder, etc. Alem dos nomes citados aqui, que são epítetos e nomes de cidades onde há o seu culto, ele será batizado com outros nomes no momento do seu assentamento, ritual especifico e odu do dia. Não será escrito na grafia Yoruba para melhor entendimento do leitor.

 

Os 16 múltiplos de Exú
Exú Yangui:a laterita vermelha, é a sua múltipla forma mais importante e que lhe confere a qualidade de Imolê ou divindade nos ritos da criação. Exú ligado a antigas e grandes sacerdotizas de Oxun.
Exú Agbà: o ancestral, epíteto referente à sua antiguidade.
Exú Igbá ketá: o exú da terceira cabaça
Exú Okòtò: o exú do carocol, o infinito.
Exú Oba Babá Exú: o rei pai de todos os Exús
Exú Odàrà: o senhor da felicidade ligado a Orinxa’Lá
Exú  Òsíjè: o mensageiro divino
Exú Elérù: o Senhor do carrego ritual.
Exú Enú Gbáríjo: a boca coletiva dos Orixás.
Exú Elegbárà: o senhor do poder mágico
Exú Bárà: o senhor do corpo
Exú L’Onan: o Senhor dos caminhos
Exú Ol’Obé: o senhor da Faca
Exú El’Ébo: o Senhor das oferendas
Exú Alàfìá: o Senhor sa satisfação Pessoal
Exú Oduso: o Senhor que vigia os Odús.

Exús que acompanham vários Orixás.

Exú Akesan: acompanha Oxumaré, etc
Exú Jelu ou Ijelu: acompanha Osolufun.
Exú Ína: responsável pela cerimónia do Ipade regulamentando o ritual.
ExúÒnan: acompanha Oxun, Oyá , Ogun, responsável pela porteira do Ketu.
Exú Ajonan: tinha o seu culto forte na antiga região Ijesa.
Exú Lálú: acompanha Odé, Ogun, Oxalá, etc
Exú Igbárábò: acompanha Yemanjá, Xangô, etc
Exú Tìrírí: acompanha Ogun
Exú Fokí ou Bàra Tòkí: acompanha Oyá e vários orixás
Exú:Lajìkí ou Bára Lajìkí: acompanha Ogun, Oyá e as posteiras.
Exú Sìjídì: acompanha Omolú, Nanã, etc
Exú Langìrí: a companha Osogiyan
Exú Álè: acompanha Omolú
Exú Àlákètú: acompanha Oxóssi
Exú Òrò: acompanha Odé, Logun
Exú Tòpá/Eruè: acompanha Ossayin
Exú Aríjídì: acompanha Oxun
Exú Asanà: acompanha Oxun
Exú L’Okè: acompanha Obá
Exú Ijedé: acompanha Logun
Exú Jinà: acompanha Oxumarè
Exú Íjenà: acompanha Ewá
Exú Jeresú: acompanha Obaluaiye
Exú Irokô; acompanha Iroko
 

Qualidades do Orixá  Oxossí

Filho de Yemonja e Oxalá é o deus da caça e vive nas florestas, onde moram os espíritos dos antepassados. Tem a virtude de dominar os espíritos da floresta.
Na África era a principal divindade de Ilobu, onde era conhecido pelo nome de Yrinlé ou Inlé, um valente caçador de elefantes. Conduziu seu povo de Ilobu a guerra e os ensinou a arte de guerrear, permanecendo até hoje nesta cidade.
Ocupa um lugar de destaque nos Candomblés em Salvador, isto porque é o patrono de todos os terreiros tradicionais.
Oxóssi é o único Òrixá que entra na mata da morte, joga sobre si uns pós-sagrados, avermelhados, chamados Arolé, que passou a ser um de seus dotes. Este pó o torna imune à morte e aos Eguns.
Sendo ele um rei, carrega o Eyruquere (espanta moscas) que só era usado pelos reis africanos, pendurado no saiote.
QUALIDADES

ÍBUÀLÁMÒ – É velho e caçador. Nasce nas águas mais profundas do rio Irinlé. Sua vestimenta é branco com bandas, saiote  e capacete de palha da costa.  Tem ligação com Omolú e Oxun. Seu assentamente se difere de todos.

ÍNLÈ – É novo  e caçador, tem seu culto as margens do rio Irinlé, conhecido com caçador de Elefantes, o marfin é a sua conta, tem ligação com Oxun, Oxaguiã e Yemanjá.

DANA DANA – Tem fundamento com Exu e  Ossain.  É ele o Òrixá que entra na mata da morte e sai sem temer Egun e a própria morte. Veste azul claro, muito imetuoso e foge à toa.

AKUERAN – Tem fundamento com Ogun e Ossain. Muitas de suas comidas são oferecidas cruas. Ele é o dono da fartura. Ele mora nas profundezas das matas. Veste-se de azul claro e tiras vermelhas. Suas contas são verde claro.

OTIN – Guerreiro e muito agressivo, vive intocado na mata, ligado a Ogun. Usa azul claro, leva capangas, roupas de couro de leopardo.

KÒIFÉ - Não se faz no Brasil e na África, pois, muitos de seus fundamentos estão extintos. Seus eleitos ficam um ano recolhidos, tomando todos os dias o banho das folhas. Veste vermelho, leva na mão uma espada e uma lança. Come com Ossain e vive muito escondido dentro das matas, sozinho. Suas contas são azuis claras, usa capangas e braceletes. Usa um capacete que lhe cobre todo o rosto. Assenta-se Koifé e faz-se Ybo, Ynlé ou Oxum Karé; trinta dias após, faz-se toda a matança.

KÀRÉ – ou Orèlúeré, é ligado as águas e a Oxum e Logun Edé  e com eles exercem as mesmas forças e funções.. Usa azul e um Banté dourado. Gosta de pentear-se, de perfume e de acarajé. Bom caçador mora sempre perto das fontes.

ÍNSÈÈWÉ ou Oni Sewè – É o senhor da floresta, ligado as folhas e a Ossain, com quem vive nas matas. Veste azul claro, e banda de palha da costa,  usa capacete quase tapando o seu rosto.

ÍNKÚLÈ ou Oni Kulé- Odé das montanhas, de culto no platô das serras, muito ligado a Oxaguiã e Jagun, veste verde claro, turquesa.

ÌNFAMÍ ou Infaín Odé funfun, ligado a Oxaguiã e Oxalufã, só usa branco e come abadô

AJÉNÌPAPÒ- Odé ligado as Iyamis Osorongá, aquele que pode se aproximar e também a Oyá, o dono do Irukere.

OTOKÁN SÓSÓ – Embora muitas vezes seja citado como uma qualidade, não é qualidade, é um oríkì que significa o caçador que só tem uma flecha . Ele não precisa de mais nenhuma flecha porque jamais erra o alvo.
Título que Oxóssi recebeu ao matar o pássaro de Ìyámi Eléye. Não fazendo parte do rol dos caçadores que possuíam várias flechas, Oxóssi era aquele que só tinha uma flecha.
Os demais erraram o alvo tantas vezes quantas flechas possuíam, mas, Oxóssi com apenas uma flecha foi o único que acertou o pássaro de Ìyámi, ferindo-o com um tiro certeiro no peito.
Por essa razão é que ele não recebe mel, pois o mel é um dos elementos fabricado pelas abelhas, que são tidas como animais pertencentes a Oxum, mas, também às Ìyámi Eléye.
Então, é èèwò (proibição) para Oxóssi. Por essa razão também, é que se dá para Oxóssi o peito inteiro das aves, como reminiscência desse ìtàn.

 
 

DIA: Quinta-feira.

CORES: Verde e Branco.

SÍMBOLOS: Haste ladeada por sete lanças com um pássaro no topo (árvore estilizada).

ELEMENTOS: Floresta e Plantas selvagens (Terra).

DOMÍNIOS: Medicina e Liturgia através das folhas.

SAUDAÇÃO: Ewé ó!

 

Kó si ewé, kó sí Òrìsà, ou seja, sem folhas não há orixá, elas são imprescindíveis aos rituais do Candomblé. Cada orixá possui suas próprias folhas, mas só Ossaim (Òsanyìn) conhece os seus segredos, só ele sabe as palavras (ofó) que despertam o seu poder, a sua força.

Ossaim desempenha uma função fundamental no Candomblé, visto que sem folhas, sem a sua presença, nenhuma cerimónia pode realizar-se, pois ele detém o axé que desperta o poder do ‘sangue’ verde das folhas.

Ossaim é o grande sacerdote das folhas, grande feiticeiro, que por meio das folhas pode realizar curas e milagres, pode trazer progresso e riqueza. È nas folhas que está à cura para todas as doenças, do corpo ou do espírito. Portanto, precisamos lutar por sua preservação, para que consequências desastrosas não atinjam os seres humanos.

A floresta é a casa de Ossaim, que divide com outros orixás do mato, como Ogum e Oxóssi, o seu território por excelência, onde as folhas crescem em seu estado puro, selvagem, sem a interferência do homem; é também o território do medo, do desconhecido, motivo pelo qual nenhum caçador deve penetrar na floresta na mata sem deixar na entrada alguma oferenda, como alho, fumo ou bebida. Medo de que? Medo dos encantamentos da floresta, medo do poder de Ogum, de Oxóssi, de Ossaim; respeito pelas forças vivas da natureza, que não permitem a pessoas impuras ou mal-intencionadas penetrar em sua morada. Se nela entrarem, talvez jamais encontrem o caminho de volta.

Ossaim teria um auxiliar que se responsabilizaria por causar o terror em pessoas que entram na floresta sem a devida permissão. Aroni seria um misterioso anãozinho perneta que fuma cachimbo (figura bastante próxima ao Saci-Pererê), possui um olho pequeno e o outro grande (vê com o menor) e tem uma orelha pequena e a outra grande(ouve com a menor). Muitas vezes Aroni é confundido com o próprio Ossaim, que, segundo dizem, também possui uma única perna. Não se pode por isso confundir Ossaim com o Saci-Pererê, que é um personagem do folclore brasileiro. Ossaim é orixá de grande fundamento, que possui uma só perna porque a árvore, base de todas as folha possui um só tronco.

De acordo com a história desse orixá, há uma rivalidade entre Ossaim e Orunmilá, que reflecte, na verdade, a antiga disputa entre os Oníìsegùn – mestres em medicina natural que dominavam o poder das folhas – e os Babalawó – sacerdotes versados nos profundos mistérios do cosmo e do destino dos seres, os pais do segredo.

Ossaim é um orixá originário da região de Iraó, na Nigéria, muito próxima com a fronteira com o antigo Daomé. Não faz parte, como muitos pensam, do panteão Jeje assimilado pelos Nagô, como Nana, Omolú, Oxumaré e Ewá. Ossaim é um deus originário da etnia Ioruba. Contudo, é evidente que entre os Jeje havia um deus responsável pelas folhas, e Ágüe é o seu nome, por isso Ossaim dança bravun e sató, a exemplo dos deuses do antigo Daomé.

Uma confusão latente refere-se ao sexo de Ossaim; é preciso esclarecer que se trata de um orixá do sexo masculino. Entretanto, como feiticeiro e estudioso das plantas, não teve tempo de relacionamentos amorosos. Sabe-se que foi parceiro de Iansã, mas o controvertido relacionamento com Oxóssi, que ninguém pode afirmar se foi ou não amoroso, é o mais comentado.

Na verdade, Ossaim e Oxóssi possuem inúmeras afinidades: ambos são orixás do mesmo espaço, da floresta, do mato, das folhas, grandes feiticeiros e conhecedores dos segredos da mata, da Terra.

 

Características dos filhos de Ossaim

 

Os filhos de Ossaim são pessoas extremamente equilibradas e cautelosas, que não permitem que as suas simpatias ou antipatias interfiram nas suas opiniões sobre os outros. Controlam perfeitamente os seus sentimentos e emoções. Possuem grande capacidade de discernimento e são frios e racionais nas suas decisões.

São pessoas extremamente reservadas, não se metem em questões que não lhe dizem respeito. Participam em poucas actividades sociais, preferindo o isolamento. Elas evitam falar sobre a sua vida, sobre o seu passado, preferem manter certa aura de mistério. Geralmente, não têm nada de mais a esconder, mas desejam manter reserva.

Pressa e ansiedade não fazem parte das suas características, pois são pessoas dadas aos detalhes e caprichosas no cumprimento das suas tarefas. Possuem gosto por actividades artesanais que exigem isolamento e paciência; não gostam de ter chefe nem subalternos, não se prendem a horários, apreciam a independência para fazer o que gostam na hora que querem. São pessoas fascinadas com as regras e tradições, adoram questioná-las. Possuem um gosto exacerbado pela religiosidade.

 

 

 

Qualidades do Orixá Oxumaré

Oxumaré é o Orixá do arco-íris e da transformação. É o Orixá das adivinhações, grande feiticeiro e curador. Tem dupla representação, hora como arco-íris, hora como o homem serpente. Traz nas mãos duas cobras de metal amarelado ou branco, dependendo da qualidade. A sua saudação: A Run Boboi!!!, quer dizer: Vamos cultuar o intermediário que é elástico.

Qualidades

Dan – Corresponde ao nome Jeje de Oxumaré e, no Alakétu, constitui uma qualidade deste último: é a cobra que participou da criação. É uma qualidade benéfica, ligada à chuva, à fertilidade e à abundância; gosta de ovos e de azeite de dendê. Como tipo humano, é generoso e até perdulário.

Dangbé – É um Oxumaré mais velho que seria o pai de Dan; governa os movimentos dos astros. Menos agitado que Dan, possui uma grande intuição e pode ser um adivinho esperto.

Becém – Dono do terreiro do Bogun, veste-se de branco e leva uma espada. Becém é um nobre e generoso guerreiro, um tipo ambicioso, combativo de Oxumaré, menos afectado e menos superficial que Dan. Aido Wedo, também é uma qualidade de Oxumaré conhecida no Bogun.

Azaunodor – É o príncipe de branco que reside no Baobá, relacionado com os antepassados; come frutas e “leva tudo de dois”.

Frekuen – É o lado feminino de Oxumaré, representado pela Serpente mais venenosa. O lado masculino de Oxumaré é geralmente representado pelo Arco-Íris.

O orixá possui ainda vários outros nomes na África como no Brasil, que como acontece com todos os outros Orixás, se referem a cidades, lendas ou cultos específicos de uma determinada região, e com isso ganha suas particularidades e costumes; alguns dessas outros nomes são: Akemin, Botibonan, Besserin, Dakemin, Bafun, Makor, Arrolo, Danbale, Foken, Darrame, Araka, Averecy, Akoledura e Bakilá.

É muitas vezes discutida também a sua natureza andrógina, ou se quisermos, a sua dupla natureza masculina e feminina, mas sobre este tema, vou preferir mais adiante, neste mesmo blog, apresentar um artigo que fala deste aspecto da natureza do Orixá e com isso, procurarei desmistificar umas quantas situações em torno do tema.

Qualidades do Orixá Omolu/Obaluaiyé

omolu_carybe

Omolu / Obaluaiyé é o rei da terra. A sua vestimenta é feita de ìko; uma fibra de ráfia extraída do Igí-Ògòrò, a “palha da costa”, elemento de grande significado ritualístico, principalmente em ritos ligados à morte e o sobrenatural, sua presença indica que algo deve ficar oculto. Compostos de duas partes o “Filá” e o “Azé”, a primeira parte, a de cima que cobre a cabeça é uma espécie de capuz trançado de palha da costa, acrescido de palhas em toda sua volta, que passam da cintura, o Azé, seu asó-ìko (roupa de palha) é uma saia de palha da costa que vai até os pés em alguns casos, em outros, acima dos joelhos, por baixo desta saia vai um Xokotô, espécie de calça, também chamado “cauçulú”, em que oculta o mistério da morte e do renascimento. Nesta vestimenta acompanha algumas cabaças penduradas, onde supostamente carrega seus remédios. Ao vestir-se com ìko e cauris, revela sua importância e ligação com a morte.

Sua festa anual é o Olubajé. Tido como filho de Nanã no Brasil, a sua origem, forma, nome e culto em África é bastante variado, de acordo com a região, essa variação de nomes é em conformidade com a região, Obaluaiyé ou Xapanã em Tapá (Nupê) chegando ao território Mahi ao norte do Daomé; Sapata é a sua versão Fon, trazida pelos Nagôs.

Em alguns lugares se misturam, em outros são deuses distintos, confundidos até com Nanã Buruku; Omolu em keto e Abeokutá. O seu parentesco com Oxumaré e Iroko é observado em Keto (vindo de Aisê segundo uns e Adja Popo segundo outros), onde se pode ver uma lança (oko Omolu) cravada na terra, esculpida em madeira onde figuram esses três personagens mencionados, também em Fita próximo de Pahougnan, território Mahi, onde o rei Oba Sereju, recebera o fetiche Moru, três fetiches ao mesmo tempo Moru (Omolu), Dan (Oxumaré) e Loko (Iroko).

QUALIDADES

Akavan: Tem ligação com Oyá, veste estampado.

Azonsu /  Ajunsu: Tem fundamentos com  Oxumaré, Oxun e Oxalá. Carrega lança e veste branco.

Azoani: É jovem, veste vermelho, palha vermelha Tem caminhos com Iroko, Oxumaré, Iemanjá e Oyá.

Arawe / Jagun: Tem fundamento com Oyá e Oxalá.

Ajoji / Jagun: Tem fundamentos com Ogun e Oxagian.

Avimaje  Tem fundamento com Nana e Ossain e Odé.

Ajoji / Segí/Jagun: Tem ligação com Yemanjá e Oxumare / Nanã.

Afomam: Veste a estopa e carrega duas bolsas de onde tira as doenças. Veste de amarelo e preto. Todas as plantas trepadeiras pertencem-lhe. Tem caminhos com Oxumaré, Ogun de quem é companheiro, dança cavando a terra com Intoto para depositar os corpos que lhe pertencem.

Agbagba Jagun: tem fundamento com Oyá.

Itubé Jagun: É jovem e guerreiro; leva na mão uma lança chamada okó; Tem caminhos com Ogunjá, Oxaguian, Ayrá, Exu e Oxalufan. Não come feijão preto e é o único que come Igbin (Caracol).

Ìpòpò: Tem forte fundamento com Nanã, usa biokô.

Tetu / Etetu Jagun: É jovem e guerreiro. Come com Ogum e Oyá. Veste de branco, usa biokô:

Agòrò: veste branco, usa biokô com franjas de palha

Itetù Jagun: ligado a Yemnjá e Oxalá

Dizem que são 14 qualidades ou caminhos de Obaluaiye/Omolú/Jagun/Sakpata. Teremos ainda vários nomes, títulos e qualidades parecidas: Ajágùsí, Topodún, Janbèlé, Parú, Polibojí, Akarejebé, Aruajé, Ahoye, Olutapá, Sapatá Ainon, WariWarún, etc.

 

 

 

Qualidades do Orixá Xangô

As suas cores são o marrom e branco ou vermelho e seu fio de contas intercalado com as mesmas cores, branco e marrom ou vermelho.

A sua saudação é: Kawó kabiyèsílé! – Venham ver o Rei descer sobre a terra! Ou Salve a Vossa Majestade na terra!

Na sua dança, o alujá, Xangô brande orgulhosamente seu oxé e assim que a cadência se acelera, ele faz um gesto de quem vai pegar num labá (sua bolsa) imaginário, que contém as pedras de raio, e lançá-las no ar.

QUALIDADES

Alufan: É idêntico a um Airá. Confundido com Oxalufan. Veste branco e suas ferramentas são prateadas.

Alafim: É o dono do palácio real, governante de Oyó. Ligado a Oxaguian.

Afonjá: É o dono do talismã mágico dado por Oyá a mando de Obatalá;Come com Yemanjá sua mãe. Patrono de um dos terreiros mais tradicionais e antigos da Bahia, o Axé Opô Afonjá, é o Xangô da casa real de Oyó.

Aganju: Veste marrom, Xangô guerreiro, feiticeiro, estreita ligação com Yemanjá e os Ogbonis

Agodo: Aquele que usa dois Oxês.Veste marrom, ligado a Yemanjá.

Barú: Veste-se de marrom/preto. Ligação com Yemanjá em Tapá e Exú, o único que não pode comer amalá

Obain: veste-se marron e ligado a Oyá

Oranfé: É o justiceiro, reto e impiedoso, que mora na cidade de ifé.

Obalubé: è o grande rei, ligado a Oba, Oxun e Oyá.

Os Airás são mais velhos, fazem parte da família real da dinastia Ifé/Oyó, suas contas são brancas rajadas de vermelho ou marron.

Airá Intilè: Veste branco/azul claro, aquele que carrega Lufan nas costas

Airá Igbonam: É considerado o pai do fogo, tanto que na maioria dos terreiros, no mês de junho de cada ano, acontece a fogueira de Airá, rito em que Ibonã dança sempre acompanhado de Iansã, dançando e cantando sobre as brasas escaldantes das fogueiras.

Airá Modé: É o eterno companheiro de Oxaguiã, só veste branco e não come dendê (só um pingo) sua conta leva seguí.

Airá Adjaosí: Velho guerreiro, veste branco, ligado a Yemanjá.

Poderemos encontrar vários nomes/títulos ainda para o mesmo Xangô: Olorokè; Jakutá; Dadá; Ajaká; Oronian; Orugã; Baáyanì  seria sua irmã e um quinto Airá chamado  Detá;

Qualidades do Orixá Logun Edé

logunede_carybe

Logun Edé é único, ele é um Orixá metá, ou seja, congrega três energias: de Oxun, de Oxóssi e dele mesmo, domina o poder de mutação e transforma-se no que ele quiser, e um dos seus Orikís nos diz:

“Ológun fihòn awo

funfun lóni ni òlá

Ó yióò fihón dúdú…”

( O feiticeiro mostra a pele que desejar; se mostrar a pele clara hoje, amanhã mostrará a pele escura)

Podemos sintetizar Logun Edé nessas cantigas de sua roda, mostra-nos que ele não tem qualidade, ele é tão somente o rei Logun Edé, o único soberano na cidade de Ilexá e, todos os anos, gente de toda parte da África vem para os festejos de OLògún Edé que duram a semana inteira.

1-

Solo- Olowò! A kofá rè a kofá ré wo

(rico senhor, pegaremos seu arco e flexa)

Coro: E a kofá ijó ijó Logun o, e a kofá

(vamos pegar o arco e flex e dançar para Logun)

Solo: Ofá  Lògún

(arco e flexa de Logun)

Coro: Rere a kó ofá

(Bom caçador carrega o arco e flexa)

Solo: Odé Lonan

(caçador dos caminhos)

Solo: Olorigun

(chefe que sabe flexar)

Coro: E má a kó ofá

( não nos reecuse o arco e flexa)

2-

Coro: Ae ae odé Loko

(Ae ae caçador vai para o mato)

Solo: Odé Loko nibaiin

(caçador no mato, reverenciamos)

Coro: Odé logun labamã)

(caçador no mato tem sofrimento)

3-

Coro: E, e, e, e, e, é!

Logun de le kokè

(Logun chegou a casa e gritou alto)

Solo: E logun a rô a rô

( Logun faz barulho)

Coro: Pa Logun pá Logun

(mata Logun mata Logun)

 

 

 

Qualidades do Orixá Oyá / Iansã

Um dos rituais mais belos do Candomblé é quando Oyá Kará, com seu tacho de cobre repleto de fogo, vem dançar o rítmo egó. Ritualmente akará é um pedaço de fogo que Oyá engole, mas é também o bolinho de akarajé que Oyá distribui aos seus, de cor avermelhada como brasa no ajerê depois de rodar na cabeça de Oyá por todo barracão.

Oyá também ergue a sua saia e pisa no fogo ao lado de Xangô,  Oyá também troca fogo com Ogun realizando uma das mais belas danças do candomblé. Oyá convida todos para guerrear e vão chegando Ogun, Opará, Iyágunté, Obá, Xangô e por último chega Oxaguiã, é a paz no meio da guerra, para apaziguar o coração de Oyá.

O número 9 é sagrada a Iansã, nove também são as qualidades de Iansã e 4 são as Oyás de culto Igbalé.  Senhora dos ventos, dos tufões, das nunvens de chumbo, tempestades, das águas agitadas pelo vento, águas do seu rio Níger, onde é cultuada. A morte e seus mistérios não asustam Oyá, Senhora dos Eguns, mãe dos eguns, rainha dos eguns, Oyá gueré a unló, só mesmo mãe Iansã.

Qualidades:

Oyà Petu – Ligada a Xangô e até confunde-se com ele, Oyá dos raios.
Oyà Onira – Rainha da cidade de Ira, a doce guerreira ligada as águas de Oxun, Ogun,veste rosa..
Oyà Bagan – Oyá com fundamento com Oxossi, Ossaiyn, guerreira dos ventos das matas
Oyá Senó ou Sinsirá- Oyá raríssima, ligada Yemanjá e Airá

Oyà Tope – mora no tempo ligada a Oxun e Exú

Oyà  Ijibé ou Ijibí- veste branco ligada a Oxalá ao vento frio

Oyà Kará- veste vermelho, ligada a Xangô, ao fogo, aquela que carrega o ajerê fervendo na cabeça.
Oyà  Leié- .o vento dos pássaros, veste estampado, ligada a Ewá
Oyà Biniká - A senhora do vento quente, ligada a Oxumare e Omolu.

Oyás de culto Igbalé:

Oyà Egunita – Igbalé, aqui vive com os mortos/eguns/veste branco e mariwo, ligada a Oxala, Nanã, e ao vento do bambuzal

Oyà Funan-Igabalé, a que encaminha os mortos/eguns/veste branco e mariwo, ligada a Oxalá, Nanã e ao centro do bambuzal

Oyà Padá -  Igbale, a que ilumina o caminho aos mortos/eguns/veste branco,mariwo ligada a Oxalá e Nanã, ao bambuzal

Oyá Tanan-Igbalé, a que recebe no portal os mortos/eguns/veste branco e mariwo, ligada a Oxalá e Nanã ao bambuzal

Teremos ainda vários outros nomes de Oyá que se confundem ou são os mesmos, títulos e qualidades diversas, entre elas: Oyá Olodé, Tonin’bé, Fakarebó, Adagambará,filiabá, Iyá Popo, Iyá Kodun, Abomì, etc.

 

 

 

Qualidades do Orixá Oxum

Divindade calma veste-se sempre de cores claras, de preferência amarelas que é a sua cor consagrada; porém, dependendo da qualidade, òsun guerreira pode vestir-se de cor de rosa, òsun velha de branco e azul claro; òsun Ijimu, por exemplo, usa uma saia azul claro, òja e adé cor de rosa. Òsun leva na mão direita seu leque ritual, o abèbé de latão ou qualquer outro metal dourado, com uma sereia, um peixe ou até mesmo uma pequena pomba no centro.

O número de òsun sendo dezesseis, o colar terá dezesseis fios, dezesseis firmas (ou duas, ou quatro) que podem ser de divindades com as quais ela tem afinidade, ou com as quais sua filha estiver relacionada: Òsòsi, Sàngó, Yémánjá, por exemplo. Òsun dança os ritmos ijesa, com passos miúdos, segurando graciosamente a saia.

O toque Ijèsà é ritmado como o balanço das águas tranqüilas, e muito apreciado pelos fiéis. Quando estão Presentes Òsòsi e Logun Edé acompanham òsun. ògún também dança com òsun os ritmos Ijèsà, assim como òsányín. No terreiro jeje do Bogun, òsun (ÍYÁLODE) dança o bravum como Naná. Ela se banha no rio, penteia seus cabelos, põe suas jóias, anéis e pulseiras. No dia do deká de uma filha de Yasan (Oya Bale) daquela casa, òsun manifestou-se para disputar Sàngó, empurrando-a e dançando, provocante, diante do deus do trovão.

São dezesseis qualidades de Òsun;

- ÒSUN ABALÔ é uma velha Òsun, de culto antigo, considerada Iyá Ominibú, tem ligação com Oyá, Ogun e Oxóssi, veste-se de cores claras, usa abebé e alfange.

- ÒSUN IJÍMU ou Ijimú, é outro tipo de Òsun velha. Veste-se de azul claro ou cor de rosa. Leva abèbé e alfange, tem ligação com as Iyamís, é responsável por todos os Otás dos rios.

- ÒSUN ABOTÔ  também uma velha oxun de culto antigo, ligada as Iyamís, feiticeira, carrega abebe e alfange, tem ligação com Nanã, Oyá de culto Igbalé.

- ÒSUN OPARÁ ou Apará seria a mais jovem das Òsun, e um tipo guerreiro que acompanha Ògún, vivendo com ele pelas estradas; dança com ele quando se manifestam, juntos numa festa; leva uma espada na m ão e pode vestir-se de cor de marronavermelhado,a Senhora da Espada.

- ÒSUN AJAGURA ou Ajajira, outra òsun guerreira que leva espada, jovem, tem ligação com Yemanjá e Xangô

- YEYE OKE Oxun jovem guerreira, muito ligada a Oxóssi, carrega ofa e erukere

- YEYE ÌPONDÁ  é também uma òsun Guerreira ligada a Ibuálàmò. Yeye Pondá é rainda da cidade que leva seu nome Ìponda, leva uma espada e veste-se de amarelo ouro e branco quando acompanha Oxaguiã.

- YEYE OGA é uma òsun velha e muito guereira, carrega abebe e alfange

- YEYE KARÉ é um osun jovem e guereira, ligada a Odé Karè, Logun edé.

- YEYE IPETU é uma Oxun de culto muito antigo, no interior da floresta, na nascente dos rios, ligada a Ossaiyn.

- YEYE AYAALÁ- é talvez a mais ancestral dentre todas, veste-se de branco, ligada a Orunmilá e as iyamis, considerada a avó.

-YEYE OTIN- Osun com estreita ligação com Ínlè, ligada a caça e usa ofá e abebé.

-YEYE IBERÍ ou merimerin- Oxun nova,  concentra a vaidade e toda beleza e elegância de uma oxun, dizem que er a Oxun de mãe menininha do Gantois.

-YEYE MOUWÒ- oxun ligada a Olokun e Yemanjá, grande poder das iyamís, veste-se de cores claras e usa abebé e ofange.

-YEYE POPOLOKUN- oxun de culto raro, ligado aos lagos e lagoas,

-YEYE OLÓKÒ- Oxun guerreira , vive na floresta nos grandes poços de água, padroeira do pôço.

  

Qualidades do Orixá Nanã

Em sua passagem pela Terra, foi a primeira Iyabá e a mais vaidosa, razão pela qual segundo a lenda, desprezou o seu filho primogénito com Oxalá, Omolú, por ter nascido com várias doenças de pele. Não admitindo cuidar de uma criança assim, acabou por o abandonar no pântano. Sabendo disso, Oxalá condenou-a a ter mais filhos, os quais nasceriam todos com alguma deformação física (Oxumaré, Ewá e Ossaim), e baniu-a do reino, ordenando-lhe que fosse viver no mesmo lugar onde abandonou o seu filho, no pântano.

Nanã tornou-se uma das Iyabás mais temidas, tanto que em algumas tribos quando o seu nome era pronunciado, todos se jogavam ao chão. Senhora das doenças cancerígenas, está sempre ao lado do seu filho Omolú. É protectora dos idosos, desabrigados, doentes e deficientes visuais.

Qualidades de Nanã

Nanã Abenegi: Dessa Nanã nasceu o Ibá Odu, que é a cabaça que traz Oxumarê, Oxossi Olodé, Oya e Yemanjá.

Nanã Adjaoci ou Ajàosi: É a guerreira e agressiva que veio de Ifé, às vezes confundida com Obá. Mora nas águas doces e veste-se de azul.

Nanã Ajapá ou Dejapá: É a guardiã que mata, vive no fundo dos pântanos, é um Orixá bastante temido, ligado a lama, a morte, e a terra. Veio de Ajapá. Está ligada aos mistérios da morte e do renascimento. Destaca-se como enfermeira; cuida dos velhos e dos doentes, toma conta dos moribundos. Nela predomina a razão.

Nanã Asainan ou Asenàn: Provisoriamente sem dados inerentes a este caminho do Orixá Nanã.

Nanã Buruku ou Búkùú: Também é chamada Olú waiye (senhora da terra), ou Oló wo (senhora do dinheiro) ou ainda Olusegbe. Este Orixá veio de Abomey; ligado à água doce dos pântanos, usa um ibirí azul.

Nanã Iyabahin ou Lànbáiyn: Provisoriamente sem dados inerentes a este caminho do Orixá Nanã.

Nanã Obaia ou Obáíyá: É ligada a água e a lama. Mora nos pântanos; usa contas cristal vestes lilás e veio do país Baribae.

Nanã Omilaré: É a mais velha, acredita-se ser a verdadeira esposa de Oxalá. Associada aos pântanos profundos e ao fogo. É a dona do universo, a verdadeira mãe de Omolu Intoto. Veste musgo e cristal.

Nanã Savè: Veste-se de azul e branco, e usa uma coroa de búzios.

Nanã Ybain: É a mais temida. Orixá da varíola. Usa cor vermelha, é a principal, come directo na lagoa, dando origem a outros caminhos. Para chamá-la, a ekeji tem que ir batendo com seus otás para fazê-la pegar suas filhas.

Nanã Oporá: Veio de Ketu, coberta de òsun vermelho. É a mãe de Obaluaiyê, ligada a terra, temida, agressiva e irascível.

Nanã Xalá: Muito ligada ao Branco e a Oxalá.

Teremos ainda outros nomes, títulos ou qualidades: Inselè, Sùsùré, Elegbé, Bíodún, ìkúrè, Asaiyó, etc, provavelmente.

 

 

Qualidades do Orixá Obá

carybe_oba

 

Obá é uma grande guerreira, e foi uma das três esposas de Xangô. Conta a sua lenda que foi no seguimento de uma querela com Oxum, e com o intuito de obter a preferência de Xangô que ela cortou a orelha esquerda e, com ela, temperou um amalá para o seu esposo, pois Oxum a havia convencido de que fazendo isso, certamente ela iria conseguir o seu objectivo. O resultado foi contrário, pois Xangô detestou encontrar a orelha da esposa na sua comida e também a sua mutilação. Obá passou então a esconder a mutilação com a mão esquerda, com o seu escudo, ou também com um turbante.

 

QUALIDADES

1) Obá Gideo
2) Obá Rewá

Em qualquer das suas qualidades é uma guerreira destemida, mas ressentida. Veste-se de vermelho, branco e dourado. Carrega espada e escudo. Gosta de acarajé, aberém, feijão fradinho, cabras, galinhas e coquéns. Recebe culto às quartas-feiras e os seus filhos são em pequeno número.

 

 

Qualidades do Orixá Ewá

carybe_eua

Ewá Gebeuyin: A primeira a surgir no mundo. Veste vermelho maravilha e amarelo claro. Come com Omolu, Oyá e Oxum. Nas tempestades ela pode se transformar numa serpente azulada.

Ewá Gyran: É a deusa dos raios do sol. Controla os raios solares para que eles não destruam a terra. É a formação do arco-íris duplo que aparece em torno do sol. Metade é Ewá e a outra é Bessem. Platina, rubi, ouro e bronze vão em seu assentamento. Come com Omolu, Oxum e Oxossi.

Ewá Awò – A Senhora dos mistérios do jogo de búzios. Divindade pouco cultuada na Brasil, tem enredo com Oyá, Oxóssi e Ossaiyn.

Ewá Bamio- A Senhora das pedras preciosas, ligada a Ossaiyn.

Ewá Fagemy- A Senhora dos rios encantados, Ela é quem tem o poder de fazer surgir o arco íris e tem por obrigação sustentá-lo no céu. Ligada a Airá, Oxun e Oxalá.

Ewá Salamim- A Senhora guerreira, jovem, habitante das florestas, muito feminina e charmosa, ligada a Odé e Yemanjá.

 

 

Qualidades do Orixá Yemanjá

iemanja_carybe

São 7 as qualidades, e por possuírem características tão próprias, há quem chegue a considerar que se trata de orixás individuais (independentes) das outras qualidades. Aqui, no entanto, e por não haver consenso quanto a esta questão, e muito estudo e pesquisa ser ainda necessário, vamos encarar como qualidades de um único orixá, tal como fazemos com todos os outros. Yemanjá rege a inteligência humana por isso tem o título de Iyá Orí.

QUALIDADES

Yemanjá Asagba ou Sobá: Ligada a Airá, lufã e Orunmilá, fia algodão, usa corrente de prata no tornozelo, carrega abebé e sua energia é a espuma branca do mar, veste branco com prata.

Yemanjá Akurá: Vive nas espumas do mar, aparece vestida com lodo do mar e coberta de algas marinhas. Muito rica e pouco vaidosa. Adora carneiro, ligada a Nanã, veste branco aperolado

Yemanjá Ataramogba: Vive na espuma da ressaca da maré, guerreira e ligada a Xangô, veste branco e nuances de cores claras.

Yemanjá Iyaoyó ou Awoyò; : É uma das mais velha, possui ligação com Oxalá, Oxumarê e Xangô,  Veste branco e cristal, responsavel pelas marés.

Yemanjá Maleleo ou Maylewo: Esta Yemanjá vive nos grandes lagos, tímida, não se pode tocar no rosto do Iyawò, veste verde claro.

Yemanjá Iyágunté: Mãe do rio ógun, esta Yemanjá guerreira usa espada e tem ligação com Ogun e Oxaguian, carrega abebé, veste azul claro.

Yemanjá Sessu,  Iyasessu:  Voluntariosa e respeitável, ligada a Babá  Olokun,  vive nas águas agitadas da costa e come inhame, suas contas são verdes translúcido, veste verde e branco.

Teremos ainda outras Yemanjás com nomes, títulos e cultos extintos:

Yemanjá Olossá ou Oloxá: Ligada a com Oxum e Nanã. Veste verde-clara e suas contas são branco cristal. É a Yemanjá mais velha da terra de Egbado, não há iniciados no Brasil.

Yemanjá Iya Massê: que é a mãe de xangô

Yemanjá Iyakú, Iya Odo, Iya Ewá, Iyá Tapá, Iya Tonà,etc.

 

 

Qualidades do Orixá Oxalá

oxalguia_carybe

Osolufon, Orixá Olúfon, velho e sábio, cujo templo é em Ifón, pouco distante de Oxogbô. Seu culto permanece ainda relativamente bem preservado nessa cidade tranquila, Um núcleo de sacerdotes, os Ìwèfà méfà (Aájè, A´swa, Olúwin, Gbògbó, Aláta, e Ajíbódù) ligados ao culto de Orixá Olúfón e uns vinte olóyè, os dignitários portadores de títulos, que fazem parte da corte do rei local, Obà Olúfón. Conhecemos alguns Orixás funfun que segundo Verger seriam 154, dos quais citamos alguns:

Babá Ifurú; Babá Okim; Babá Akanjáprikú; Babá R’Oko; Babá Efejó; Babá Ajalá; Babá Ajagemo; Babá Olokun.

Osogiyan ou Oxaguian (Orixá Ogiyan): Orixá jovem e guerreiro, cujo templo principal se encontra em Ejigbô. Ganhou o título de Eleejigbô Rei de Ejigbô, Babá Ejigbô, uma de suas características e o gosto pelo inhame pilado chamado lyán, que lhe valeu o apelido de Oisa-Je-Iyán ou Orisájiyan, Oxaguian no Brasil. Conhecemos alguns Orixás guerreiros funfun Elemoxós, são eles: Babá Ajagúna; Babá Lejubé; Babá Apejá; Babá Epê; Babá Akíre; Babá Dankó; Babá Dugbé;Babá Olójo

Encontraremos diversos nomes, títulos, qualidades diversas de Oxalá: Bábá Aláse, Arowú, Oníkì, Onírinjá, Jayé, Ròwu, Olóba, Olúofin, Oko, Éguin, Obanijitá, Oluorogbô, Ibô,  etc.

Willian Bascom observa que o ritual da adoração de todos esses Orixás funfun é tão semelhante que, e, alguns casos, é difícil saber se, se trata de divindades distintas ou simplesmente de nomes e manifestações diferentes de Orisanlá.

Oxalá compõe com qualquer outro Orixá, por ser universal e singular, apazigua energias trazendo tranquilidade  a qualquer um em qualquer situação, na vida e na morte.

 

 

Erê

No Candomblé, Erê é o intermediário entre a pessoa e o seu Orixá, é o aflorar da criança que cada um guarda dentro de si; reside no ponto exacto entre a consciência da pessoa e a inconsciência do orixá. É por meio do Erê que o Orixá expressa a sua vontade, que o noviço aprende as coisas fundamentais do candomblé, como as danças e os ritos específicos do seu Orixá.

A palavra Erê vem do yorubá, iré, que significa “brincadeira, divertimento”. Daí a expressão siré que significa “fazer brincadeiras”. O Erê (não confundir com criança que em yorubá é omodé) aparece instantaneamente logo após o transe do orixá, ou seja, o Erê é o intermediário entre o iniciado e o orixá.

Durante o ritual de iniciação no Candomblé, o Erê é de suma importância pois, é o Erê que muitas das vezes trará as várias mensagens do orixá do recém-iniciado.

O Erê às vezes confundido com Ibeji, na verdade é a inconsciência do novo omon-orixá, pois o Erê é o responsável por muita coisa e ritos passados durante o período de reclusão. O Erê conhece todas as preocupações do iyawo (filho), também, aí chamado de omon-tú ou “criança-nova”. O comportamento do iniciado em estado de “Erê” é mais influenciado por certos aspectos da sua personalidade, que pelo carácter rígido e convencional atribuído ao seu orixá. Após o ritual do orúko, ou seja, nome de iyawo segue-se um novo ritual, ou o reaprendizado das coisas chamado Apanan.

A confusão entre Ibeji e Erê é muito frequente, ao ponto que em algumas casas de candomblé e batuque Ibeji é referido como Erê (criança) que se manifesta após a  chegada do orixá, em outras são cultuados como Xangô e ou Oxum crianças. Porém na verdade Ibeji é um orixá independente dos Erês. Dado o facto conhecido e recorrente de que muita gente transita entre o Candomblé e a Umbanda, é também natural que esta confusão se acentue, dados os conceitos e entendimentos diferentes que existem nas duas religiões e que muitas vezes as pessoas não conseguem diferenciar.

Na Umbanda, Erês, Ibejada, Dois-Dois, Crianças, ou Ibejis são entidades de carácter infantil, que simbolizam pureza, inocência e singeleza e se entregam a brincadeiras e divertimentos. Pedem-lhes ajuda para os filhos, para fazer confidências e resolver problemas. Geralmente supõe-se que são espíritos que desencarnaram com pouca idade e trazem características da sua última encarnação, como trejeitos e fala de criança e o gosto por brinquedos e doces. Diz-se que optaram por continuar sua evolução espiritual através da prática de caridade, incorporando em médiuns nos terreiros de Umbanda. São tidos como mensageiro dos Orixás, respeitados pelos caboclos e pretos-velhos. Geralmente, são agrupados em uma linha própria, chamada de Linha das Crianças, Linha de Yori ou Linha de Ibeji. Costumam ter nomes típicos de crianças brasileiras, como Rosinha, Mariazinha, Ritinha, Pedrinho, Paulinho e Cosminho. Seus líderes de falange incluem Cosme e Damião. Comem bolos, balas, refrigerantes, normalmente guaraná e frutas.

 

 

 

Candomblé de Caboclo

Candomblé de Caboclo é todo o candomblé que além do culto aos Orixás, cultua espíritos ameríndios chamados caboclos.

Caboclo – No Candomblé é o dono da terra. Na sua maioria são espíritos de índios. Os caboclos de maior popularidade são: Tupinambá, Tupiniquim, Sete flechas, Pena Branca, Sultão das Matas, Sete Serras, Serra Negra, Pedra Preta (este ultimo foi o espírito do famoso pai de santo Joaozinho da Gomeia), Erú, Rompe Mato, Raio do Sol, Rompe Nuvem e outros. Na Bahia os Candomblés são em maioria caboclos, são um misto de Keto e Angola.

O Candomblé de Caboclo pode-se dizer assim, é uma manifestação própria de Salvador e municípios vizinhos, na Bahia, o candomblé de Caboclo é uma espécie de candomblé nacionalizado, que toma por base a ortodoxia do candomblé jeje-nagô, e em Salvador há uma festa anual que se inicia no dia 24 de Junho e que dura três dias e se destina precisamente a homenagear estas entidades.

Trata-se portanto de um exemplo nítido do sincretismo religioso popular no Brasil.
Registam-se nele influências indígenas e mestiças, resumindo-se os hinos especiais de cada encantado ou caboclo, cantados em português, a uma declaração dos seus poderes sobrenaturais.

Existem ainda os “Candomblés de Caboclo”, típicos dos cultos trazidos pelos negros de Angola. Nessas cerimónias, as filhas e os filhos de santo incorporam não apenas os orixás, mas também os espíritos de “caboclos”, que seriam entidades de luz da corrente indígena.

A FALANGE DOS CABOCLOS DETALHADA

Habitat: matas e ambientes da vibração originária
Libação: água de côco, mate, mel com água, caldo de cana, vinho tipo moscatel
Ervas: cipó cabeludo, cipó caboclo, eucalipto, guiné caboclo, guiné pipi, samambaia
Flores: girassol, flor de ipê, palmas de diversas cores, conforme a vibração originária
Essências:
Para os caboclos: eucalipto, girassol.
Para as caboclas: eucalipto, pinho, tintura de tolu
Fitas: verde, vermelha e branca
Pedras: quartzo verde
Metal: da vibração originária
Dia da semana: Quinta-feira ou o dia da vibração originária
Dia da Lua: não tem dia específico
Saúde: não tem área de saúde específica
Ímãs para trabalho: de acordo com a orientação da entidade
Objetivo: vigor, pujança, energia
Cozinha ritualística: milho e amendoim cozidos e passados no mel, servido com folhas pequenas de saião, que servem como “colher” e que também devem ser ingeridas

Além dos caboclos, incorporam-se nestes candomblés os espíritos que se denominam Exú (masculino) e Pombagira (feminino), mas não é o mesmo Exú Orixá do Candomblé, são bem diferentes, são Exú de Umbanda.

É sempre bom lembrar que Exú catiço ou Exú de Umbanda (como é chamado o Exú não Orixá), Pombagira e afins nunca foram do Candomblé tradicional. O que existe são zeladores que tiveram passagem pela Umbanda e depois se iniciaram no Candomblé, trazendo consigo algumas entidades da Umbanda, mas isto não as torna do Candomblé, elas (entidades) simplesmente estão em casas de Candomblé ou Candomblé de Caboclo, mas são em realidade Guias da Umbanda.

 


Contacto

Yleaxedeayraeoxum



 

Fórmula preparada com a Babosa

 

Indicada principalmente no tratamento de câncer, muito usada também para infecções e inflamações.

 

INGREDIENTES

0,5 Kg de mel de abelha; 2 folhas (se grandes) ou três de babosa (aloe vera); 3 a 4 colheres de araq, ou whisky, ou conhaque, ou cachaça, ou tequila.

 

PREPARO

Cortar espinhos bem de leve das folhas; Colocar tudo dentro do liquidificador; Bater bem.

 

USO

Antes de tomar, agitar o frasco; 1 colher de sopa, sempre antes das refeições (uma de manhã, uma meio dia, uma noite), uns 15 minutos antes é suficiente. Quanto mais em jejum melhor. Fórmula para 10 dias; Repetir + 2 vezes com intervalo de 21 dias.

 


 ÀDÚRÀ TI YEMONJA

Yemonja gbé rere ku e sìngbà
Yemonja, traz boa sorte repentinamente retribuindo
Gbà ní a gbè wí
Receba-nos e proteja-nos em vosso rio
To bo sínú odò yin
Cultuamos-vos  em vosso rio
Òrìsà ògìnyón gbà ní odò yin.
Orixá comedor de inhames novos, receba-nos em vosso rio.
 
ÀDÚRÀ TI ÒBA

Òbà mo pe o o
Òbà eu te chamo
Òbà mo pe o o
Òbà eu te chamo
Sare wa je mi o
Venha logo me atender
Òbà ojowu aya Sàngó sare
Òbà, mulher ciumenta esposa de Sàngó, venha correndo
Wa gbo àdúrà wa o
Ouvir a nossa súplica
Enì n wa owó, ki o fún ni owó
A quem quer dinheiro, dá dinheiro
Enì n wa omo, ki o fún ni omo
A quem quer filhos, dá filhos
Enì n wa àláfíà, ki o fún ni àláfíà
A quem quer saúde, dá saúde
Sare wa je mi o.
Venha logo me atender.
ÀDÚRÀ TI YEMONJA
Yemonja gbé rere ku e sìngbà
Yemonja, traz boa sorte repentinamente retribuindo
Gbà ní a gbè wí
Receba-nos e proteja-nos em vosso rio
To bo sínú odò yin
Cultuamos-vos  em vosso rio
Òrìsà ògìnyón gbà ní odò yin.
Orixá comedor de inhames novos, receba-nos em vosso rio.
 
ÀDÚRÀ TI ÒBA

Òbà mo pe o o
Òbà eu te chamo
Òbà mo pe o o
Òbà eu te chamo
Sare wa je mi o
Venha logo me atender
Òbà ojowu aya Sàngó sare
Òbà, mulher ciumenta esposa de Sàngó, venha correndo
Wa gbo àdúrà wa o
Ouvir a nossa súplica
Enì n wa owó, ki o fún ni owó
A quem quer dinheiro, dá dinheiro
Enì n wa omo, ki o fún ni omo
A quem quer filhos, dá filhos
Enì n wa àláfíà, ki o fún ni àláfíà
A quem quer saúde, dá saúde
Sare wa je mi o.
Venha logo me atender.
ÀDÚRÀ TI ÒSÚN
E njì tenú ma mi o
Vós que gentilmente me dá muitos presente
Tenú màmà ya
Calmamente sem aflição
Ìyá Ìbejí di Lógun àyaba omi ro
Mãe dos gêmeos que vem a ser mãe de Lógun, Rainha das águas pingando
Ìbejì kórì ko jo
Os gêmeos adornam vários k’òrì sem queimar
Àyaba ma pákútá màlà ge sá
Rainha me faz guisado em pequenas panelas deslumbrantemente corte com
espada
Iya mi yèyé (Òsogbo/Ipondá/Opara/Kare).
Me encaminhe mamãe querida de (Òsogbo/Ipondá/Opara/Kare).
ÀDÚRÀ TI OYÁ
E ma odò, e ma odò
Eu vou ao rio, eu vou ao rio
Lagbó lagbó méje
Do seu modo encontrado nos arbustos reparte em sete
O dundun a soro
Vós que fala através do Dundun
Balè hey.
Tocando o solo te saú
ÀDÚRÀ TI SÒNGÓ
Oba ìró l’òkó
Rei do Trovão
Oba ìró l’òkó
Rei do Trovão
Yá ma sé kun ayinra òje
Encaminha o fogo sem errar o alvo, nosso vaidoso Òje
(Aganju/Ogodo/Afonjá) òpó monja le kòn
(Aganju/Ogodo/Afonjá) alcançou o Palácio Real
Okàn olo l’Oyá
Ùnico que possuiu Oyá
Tobi fori òrìsà
Grande Líder dos Orixás
Oba sorun alá alàgba òje
Rei que conversa no céu e que possui a honra dos Òje
Oba sorun alá alàgba òje
Rei que conversa no céu e que possui a honra dos Òje
 
ÀDÚRÀ TI ÒSÙMÀRÈ

Òsùmàrè e sé wa dé òjò
Òsùmàrè é quem nos traz a chuva
Àwa gbè ló sìngbà opé wa
Nós a recebemos e retribuímos agradecidos
E kun òjò wa
É o bastante a chuva para nós
Dájú e òjò odò
Certamente vossa chuva é o rio
Dájú e òjò odò s’àwa
Certamente vossa chuva é o rio, para nós.
ÀDÚRÀ TI NÀNÁ
ÀDÚRÀ TI NÀNÁ
E kò odò, e kò odò fó
Encontro-lhe no rio, encontro-lhe no leito do rio
E kò odò, e kò odò fó
Encontro-lhe no rio, encontro-lhe no leito do rio
E kò odò, e kò odò fó
Encontro-lhe no rio, encontro-lhe no leito do rio
E kò odò, e kò odò fó
Encontro-lhe no rio, encontro-lhe no leito do rio
Kò odò, kò odò, kò odò e
Encontro no rio, encontro no rio, encontro-lhe no rio
Dura dura ní kò gbèngbè
Esforçando-me para não afundar na travessia do grande rio
Mawun awun a tì jô n
Lentamente como uma tartaruga trancada suplicando perdão
Saluba Nana, saluba Nàná, saluba.
Saluba Nàná, saluba Nàná, saluba.
 
ÀDÚRÀ TI YÈWÁ

Pèlé ‘nbo Yèwá a níre o
Delicadamente cultuamos Yèwá por estarmos felizes
Pèlé ‘nbo Yèwá a níre o
Delicadamente cultuamos Yèwá por estarmos felizes
Òrìsà yin a ‘nbo Yèwá
Orixá estamos cultuando-vos Yèwá
Yèwá a níre o
Yèwá estamos felizes.
 
ÀDÚRÀ TI OMOLÚ
 
Omolú ìgbóná ìgbóná zue
Omolú, Senhor da Quentura
Omolú ìgbóná ìgbóná zue
Sempre febril produz saúde
Eko omo vodun maceto
Educa o filho Vodun Maceto
Eko omo vodun na je
Vodun educa o filho castigando
Ìjòni le o Nàná
Nàná ele é capaz de provocar queimaduras
Ìjòni le o Nàná ki mayò
Ele é capaz de provocar queimaduras, Nana, e se enche de alegria
Nàná ki mayò ki n a lode
Nana ele se enche de alegria do lado de fora
Fèlèfèlè mi igba nlo, ajunsun wale
És capaz de fazer definhar em vida, Ajunsun, até secar
Meré-meré e no ile isin
Habilmente ele enche a nossa casa de escravos
Meré-meré e no ile isin
Habilmente ele enche a nossa casa de escravos
E n sinbe meré-meré osú láyò
Primeiramente o erguemos habilmente osú que cobre a terra
E n sinbe meré-meré osú láyò
Primeiramente o erguemos habilmente osú que cobre a terra
Oba alá tun zue obi osùn
Rei que nasceu como o sol, Pai do Vermelho
Oba alá tun zue obi osùn
Rei que nasceu como o sol, Pai do Vermelho
Iya lóni
Neste dia
Otù, àkóba, bi ìyá, húkó, káká, beto
Doença, infelicidade, sofrimento, tosse, dificuldades, aflição
Otun zue, obi, osùn
Suplico-lhe diariamente, Pai do Vermelho
Bara ale so ran ale so ran
Rei do corpo suplico-lhe rastejando
Bara otun zue obi osùn
Rei do corpo suplico-lhe diretamente, Pai do vermelho.
 
ÀDÚRÀ TI ODE

Pa kó tòrí san gbo dídé, (aja in pa igbó)
Fisga, mata e arrasta ferozmente sua presa, (o cão morto na floresta)
Ode aróle o
Ele é o caçador herdeiro
Aróle o oni sa gbo olówo
Hoje o herdeiro exibe sua riqueza
Ode aróle o nkú lode
Ele é o caçador herdeiro que tem o poder de atrair a caça para a morte.
ÀDÚRÀ TI ÒGÚN
Ògún dà lé ko
Ògún constrói casa sozinho
Eni adé ran
A mando do Rei
Ògún dà lé ko
Ògún constrói casa sozinho
Eni adé ran
A mando do Rei
Ògún to wa do
Basta Ògún, nas instalação de nosso vilarejo
Eni adé ran
A mando do Rei
Ògún to wa do
Basta Ògún, na instalação de nosso vilarejo
Eni adé ran
A mando do Rei.
 
ORÍKÌ TI ÈSÚ

Iyìn o, iyìn o Èsú n má gbò o
Èsú escute o meu louvor à ti
Iyìn o, iyìn o Èsú n má gbò o
Èsú escute o meu louvor à ti
Iyìn o, iyìn o Èsú n má gbò o
Èsú escute o meu louvor à ti
Iyìn o, iyìn o Èsú n má gbò o
Èsú escute o meu louvor à ti
Èsú láaróyè, Èsú láaróyè
Èsú láaróyè, Èsú láaróyè
Iyìn o, iyìn o Èsú n má gbò o
Èsú escute o meu louvor à ti
Èsú Láàlú Ogiri Òkò Ebìtà Okùnrin
Èsú Láàlú Ogiri Òkò Ebìtà Okùnrin
Iyìn o, iyìn o Èsú n má gbò o
Èsú escute o meu louvor à ti
Èsú òta òrìsà
Èsú inimigo de Orixá
Iyìn o, iyìn o Èsú n má gbò o
Èsú escute o meu louvor à ti
Osétùrá l’oruko bàbá mó ó
Oxeturá é o nome pelo qual é chamado por seu pai
Alágogo ìjà l’oruko ìyá npè o
Alágogo Ìjà, é o nome pelo qual sua mãe o chama
Iyìn o, iyìn o Èsú n má gbò o
Èsú escute o meu louvor à ti
Èsú Òdàrà, omokùnrin Ìdólófin
Èsú bondoso, filho homem da cidade de Ìdólófìn
O lé sónsó sórí orí esè elésè
Aquele que tem a cabeça pontiaguda fica no pé das pessoas
Iyìn o, iyìn o Èsú n má gbò o
Èsú escute o meu louvor à ti
Kò jé, kò jé kí eni nje gbe e mì
Não come e não permite que ninguém coma ou engula o alimento
Iyìn o, iyìn o Èsú n má gbò o
Èsú escute o meu louvor à ti
A kìì lówó láì mu ti Èsú kúrò
Quem tem riqueza reserva para Èsú a sua parte
A kìì láyò láì mu ti Èsú kúrò
Quem tem felicidade reserva para
 Èsú a sua parte
Iyìn o, iyìn o Èsú n má gbò o
Èsú escute o meu louvor à ti
Asòntún se òsì láì ní ítijú
Fica dos dois lados sem constrangimento
Iyìn o, iyìn o Èsú n má gbò o
Èsú escute o meu louvor à ti
Èsú àpáta somo olómo lénu
Èsú, montanha de pedras que faz o filho falar coisas que não deseja
O fi okúta dípò iyó
Usa pedra em vez de sal
Iyìn o, iyìn o Èsú n má gbò o
Èsú escute o meu louvor à ti
Lóògemo òrun a nla kálù
Indulgente filho do céu cuja grandeza está em toda a cidade
Pàápa-wàrá, a túká máse sà
Apressadamente fragmenta o que não se junta nunca mais
Iyìn o, iyìn o Èsú n má gbò o
Èsú escute o meu louvor à ti
Èsú máse mi, omo elòmíran ni o se
Èsú não me faça mal, manipule o filho do outro
Èsú máse, Èsú máse, Èsú máse
Èsú não faça mal, Èsú não faça mal, Èsú não faça mal
Iyìn o, iyìn o Èsú n má gbò o
Èsú escute o meu louvor à ti.
 
ÀDÚRÀ TI ÌYÁMI ÒSÒRÒNGÁ

Ìyá kéré gbo ìyámi o
Pequeninas mães, ó idosas mães
Ìyá kéré gbohùn mi
Pequeninas mães, ouçam minha voz
Ìyá kéré gbo ìyámi o
Pequeninas mães, ó idosas mães
Ìyá kéré gbohùn mi
Pequeninas mães, ouçam minha voz
Gbogbo Eléye mo Ìgbàtí
Todas as senhoras dos pássaros quando eu
Ìgbàmú ile
Cumprimo a terra
Ìyá kéré gbohùn mi
Pequeninas mães, ouçam minha voz
Gbogbo Eléye mo Ìgbàtí
Todas as senhoras dos pássaros da noite
Ìgbàmú ile
Todas as vezes que comprimo a terra
Ìyá kéré gbohùn mi
Pequeninas mães, ouçam minha voz.
 
ÀDÚRÀ TI EGÚNGÚN

Ilè mo pè o
Terra, eu vos chamo!
Gbogbo mònríwo
Todos os espírito do mònriwo
Ilè mo pè o
Terra, eu vos chamo!
Egúngún o
Ó Egúngún!
Ilè mo pè o
Terra, eu vos chamo!
Gbogbo mònríwo
Todos os espírito do mònriwo
Ilè mo pè o
Terra, eu vos chamo!
Egúngún o
Ó Egúngún!
Egúngún a yè, kíì sé bo òrun
Egúngún para nós sobrevive, a ele saudamos e cultuamos
Mo júbà rè Egúngún mònríwo
Apresento-vos meus respeitos, ó espírito do maríwo
Ilè mo pè o
Terra, eu vos chamo!
Gbogbo mònríwo
Todos os espírito do mònriwo
Ilè mo pè o
Terra, eu vos chamo!
Egúngún o
Ó Egúngún!
A kíì dé wa ó, a kíì é Egúngún
Nós vos saudamos quando chegais até nós, vos saudamos Egúngún
Won gbogbo ará asíwájú awo
A todos os ancestrais do culto
Won gbogbo aráalé asíwájú mi
A todos os ancestrais da minha família
Ilè mo pè o
Terra, eu vos chamo!
Gbogbo mònríwo
Todos os espíritos do mònriwo
Ilè mo pè o
Terra, eu vos chamo!
Egúngún o
Ó Egúngún!
Mo pè gbogbo ènyin
Todos os espírito do maríwo
Si fún mi ààbò àti ìrònlówó
Eu chamo a todos vós para virem dar-me proteção e ajuda
Agó, kìì ngbó ekún omo rè
Agó ao ouvir o choro dos filhotes,
Ilè mo pè o
Terra, eu vos chamo!
Gbogbo mònríwo
Todos os espírito do mònriwo
Ilè mo pè o
Terra, eu vos chamo!
Egúngún o
Ó Egúngún!
Ki o ma ta etí wéré
Responde rapidamente
Bàbá awa omo re ni a npè o
Ó pai, somos teus filhos e te chamamos
Ilè mo pè o
Terra, eu vos chamo!
Gbogbo mònríwo
Todos os espírito do mònriwo
Ilè mo pè o
Terra, eu vos chamo!
Egúngún o
Ó Egúngún!
Ki o sare wá jé wa o
Vem logo nos ouvir
Ki o gbó ìwùre wá
Ouve nossas rezas
Ilè mo pè o
Terra, eu vos chamo!
Gbogbo mònríwo
Todos os espírito do mònriwo
Ilè mo pè o
Terra, eu vos chamo!
Egúngún o
Ó Egúngún!
Má jè a ríkú èwe
Livra-nos da mortalidade “infantil”
Má jè a ríjà Èsú
Proteja-nos da ira de Èsú
Má jè a ríjà Ògún
Proteja-nos da ira de Ògún
Má jè a rija omi
Proteja-nos da ira das águas
Má jè a rija Soponná
Proteja-nos da ira de Soponná
Ilè mo pè o
Terra eu vos chamo!
Gbogbo mònríwo
Todos os espírito do mònriwo
Ilè mo pè o
Terra eu vos chamo!
Egúngún o
Ó Egúngún
Mo tumba, bàbá Egúngún
Eu vos peço abenção, Pais Espíritos
Ilè mo pè o
Terra eu vos chamo!
Egúngún o
Ó Egúngún .
 
 ÀDÚRÀ ÀWON ÒRÌSÀ
 
 
ÁDÚRÁ=ORAÇÃO
ÁWON=ELES OU ELAS
ÓRÍSÁ=FORÇA ESPIRITUAL DA NATUREZA QUE GUIA A EVOLUÇÃO ATRAVES DA EXPRESSÃO DE SUAS PROPRIAS E UNICAS FORMAS DE CONSCIENCIA.
ÌBÀ
 
Èrí wo yá, èrí-okàn, è iyín òrìsà mámà nle o
Venha rapidamente testemunhar, e tornar consciência, Orixá venha escutar
meu louvor a ti.
Èrí wo yá, èrí-okàn, è iyín òrìsà mámà nle o
Venha rapidamente testemunhar, e tornar consciência, Orixá venha escutar
meu louvor a ti.
Ìbá è iyìn te layè
Deito-me sobre a terra para louvar-lhe
Iyìn
Escute meu louvor
Ìbá è iyìn sa lorun
Saudações aos ancestrais que estão no céu
Iyìn
Escute meu louvor
Mo jùbá Égún àiyé esiba orun
Meus respeitos a Égún da vida e aos que estão no céu
Iyìn
Escute meu louvor
Èrí wo yá, èrí-okàn, è iyín òrìsà mámà nle o
Venha rapidamente testemunhar, e tornar consciência, Orixá venha escutar
meu louvor a ti.
Èrí wo yá, èrí-okàn, è iyín òrìsà mámà nle o
Venha rapidamente testemunhar, e tornar consciência, Orixá venha escutar
meu louvor a ti.
Ìbá ati yo ojó ati wò òórun
Saudações a saída do dia e ao sol poente,
Iyìn
Escute meu louvor
Ìbá ìkóríta meta ipade orun
Saudações as encruzilhadas que levam ao céu
Iyìn
Escute meu louvor
Ìbá òsán gangan Obamakin
Saudações à tarde Obamakin
Iyìn Èrí wo yá, èrí-okàn, è iyín òrìsà mámà nle o
Venha rapidamente testemunhar, e tornar consciência, Orixá venha escutar
meu louvor a ti.
Iyìn
Escute meu louvor
Èrí wo yá, èrí-okàn, è iyín òrìsà mámà nle o
 
Venha rapidamente testemunhar, e tornar consciência, Orixá venha escutar
meu louvor a ti.
Èrí wo yá, èrí-okàn, è iyín òrìsà mámà nle o
Venha rapidamente testemunhar, e tornar consciência, Orixá venha escutar
meu louvor a ti.
Ìbá kùtúkùtu Obayigbó
Saudações pela manhã Obayigbó
Iyìn
Escute meu louvor
Ìbá Okukudoru Òrisanlá Osere Magbo
Saudações Okukudoru Òsisanlá Osere Magbo
Iyìn
Escute meu louvor
Ìbá irun ìmònle ojúkòtun
Saudações aos 400 Orixás da direita
Iyìn
Escute meu louvor
Ati igba ìmònle ojúkòsi
E aos 200 Orixás da esquerda
Iyìn
Escute meu louvor
Èrí wo yá, èrí-okàn, è iyín òrìsà mámà nle o
Venha rapidamente testemunhar, e tornar consciência, Orixá venha escutar
meu louvor a ti.
Èrí wo yá, èrí-okàn, è iyín òrìsà mámà nle o
Venha rapidamente testemunhar, e tornar consciência, Orixá venha escutar
meu louvor a ti.
Iyìn
Escute meu louvor
Ìbá òtalenirinwo irun ìmònle
Saudações aos 401 Orixás
Iyìn
Escute meu louvor
To já tàri onà orun gbàngàn
Que vem do céu
Iyìn
Escute meu louvor
Ìbá olúgbo inún igbó
Saudações aos Orixás da floresta
Iyìn
Escute meu louvor
Ìbá olúgbohùn ile ódàn
 
Saudações aos Orixás da voz
Iyìn
Escute meu louvor
Èrí wo yá, èrí-okàn, è iyín òrìsà mámà nle o
Venha rapidamente testemunhar, e tornar consciência, Orixá venha escutar
meu louvor a ti.
Èrí wo yá, èrí-okàn, è iyín òrìsà mámà nle o
Venha rapidamente testemunhar, e tornar consciência, Orixá venha escutar
meu louvor a ti.
Ìbá ògéré àfòkoyérí
Saudações aos Orixás da terra
Iyìn
Escute meu louvor
Ìbá àtetèré-k’àiyé alópò-ìka
Saudações Àtetèré-K’àiyé Alópò-Ìka
Iyìn
Escute meu louvor
Ìbá Ìyámi Òsòròngá apani máà hágún
Saudações a minha mãe Òsòròngá Apani Máà Hágùn
Iyìn
Escute meu louvor
Èrí wo yá, èrí-okàn, è iyín òrìsà mámà nle o
Venha rapidamente testemunhar, e tornar consciência, Orixá venha escutar
meu louvor a ti.
Èrí wo yá, èrí-okàn, è iyín òrìsà mámà nle o
Venha rapidamente testemunhar, e tornar consciência, Orixá venha escutar
meu louvor a ti.
Èrí wo yá, èrí-okàn, è iyín òrìsà mámà nle o
Venha rapidamente testemunhar, e tornar consciência, Orixá venha escutar
meu louvor a ti.
Èrí wo yá, èrí-okàn, è iyín òrìsà mámà nle o
Venha rapidamente testemunhar, e tornar consciência, Orixá venha escutar
meu louvor a ti.
 

Ervas indicadas para preparar um banho
 
Esta relação, são as ervas mais utilizadas, e que são encontradas para uso, estão com a nomeclatura popular, científica, yorubana e para que orixás se destinam, ou são usadas.
 
- Babosa - aloe vera - exú - (ipòlerin, ipè erin)
- Melão são caetano-momordica charantia(oxumare,nanã)-èjìnrìn, wéwé
- Saião/Folha da costa- kalanchoe brasiliensis (oxala) - òdundún, elétí
- Erva de santa luzia - pistia stratoides (stratiotes) (osun) - ójuóró
- Nenúfar/lótus - nymphaea (lótus) alba (osun) - òsíbàtà
- Pimentinha dágua/Jambu - spilanthes acmella (filicaulis) (osun) - éurépepe, awere pepe, ewerepèpè
- Akòko - newbouldia laevis (osayn)
- São gonçalinho - cassiaria sylvestris (ogum, oxossi) - alékèsì
- Sete sangrias - cuphea balsamona (obaluaie) - àmù
- Tapete de oxala(boldo) - peltodon tormentosa (oxala) - ewé bàbá
- Bete cheiroso - piper eucalyptifolium (oxala) - ewé boyi
- Goiabeira - psidium goiava (oxossi, ogun) - àtòrì, gúábà
- Mamona - ricinus communis (exu, ossain) - lárà funfun, ewé lará
- Mamona vermelha - ricinus sanguneus (làrá pupa) - exu, ossain
- Peregun - dracaena fragans (ogun, oyá) - pèrègún
- Alumon - vernonia bahiensis (amugdalina)(ogun) - ewúro jíje
- Carqueja - borreria captata (oxosi) - kànérì
- Umbauba/embaúba - cecropia palmata (agbaó/agbamoda) -nanã, xangô, oyá (vermelha)
- Perpetua - alternanthera phylloxeroides (seu) - èkèlegbárá
- Gameleira branca - ficus maxima (tempo, sango) - ìrokó
- Canela de velho - molonia albicans (obalu)
- Macassá - tanacetum vulgaris - oxum, oxalá
- Melissa - melissa oficinalis - oxum
- Kitoko - pluchea quitoco (obalu ) xango
- Para raio/cinamomo - melia azeoarach - oyá - ekéòyìnbó
- Beti branco/agua de alevante - renealmia occidentalis sweet - kaia, oxalá
- Alfavaca(erva doce) - ocimum guineensis - oxalá - efínrín èrùyánntefé
- Folha da fortuna - bryophylum (eru oridundun, àbá modá)- exu
- Espada de yansã - rhoeo - oyá (ewé mesán)
- Aroeira branca - litrhea - ogum
- Poejo -mentha sp - (olátoríje)
- Erva prata
- Picão - elésin máso
- Patchouli - (ewé legbá) exu
- Anis - clausena anisata -oyá (agbásá, àtàpàrí òbúko)
- Aroeira - schinus sp - ogum
- Alecrim - rosmarinus officinais -oxossi - (sawéwé)
- Araça - psidium sp - oxossi - (gúrófá)
- Guiné - petiveria alliacea (ojusaju) - oxossi
- Louro - laurus nobilis - (ewe asá) ossain
- Macela
- Língua de vaca - rumex sp (enuum malu) - obá, oyá
- Alevante - menta sp - (olátoríje)ogum/exu
- Amoreira - rubus sp(morus celsa) - egun, oyá
- Dormideira - mimosa púdica (owérénjèjé, pamámó àlùro- caxixi) - oxumare
- Pata de vaca - bauhinia forficata
- Colônia/lírio de brejo - hedychium coronarium (toto) - oxalá
- Jibóia - jokónije
- Canfora
- Alfazema - ewe danda - oxum
- Algas marinhas - fucus - (ewe kaiá) - yemanjá.
 


Crie o seu site grátis Webnode